Julga-se por sábio aquele que sabe muita coisa, quando na verdade sábio é aquele que coloca em prática tudo o que sabe.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Cachorros vivendo como beija-flores
Houve um tempo em que cachorros eram cachorros, gatos eram gatos, borboletas eram borboletas e beija-flores eram beija-flores.
Nessa época, o mundo, apesar dos "problemas", acontecia em harmonia. Cada um cumpria o seu papel naquilo que lhe cabia.
Certa vez, cansado de levar uma vida de cão, um cachorro interessou-se pelos hábitos de um beija-flor que passava todos os dias em frente da porta de sua casinha.
Há tantos anos que vivia preso ali, dentro daquela casinha capenga, que nem teto tinha direito, nunca tinha percebido o beija-flor que por ali voava todos os dias.
Ao reparar o que fazia, perguntou o cachorro:
- O que faz ai?
Respondeu o beija-flor:
- Eu beijo flores.
- Voo de flor em flor, dou o que ela precisa e retiro o que eu preciso.
O cachorro ficou encucado com aquela nova realidade.
- Puxa, nunca pensei que um ser dentro desse mundo podia viver beijando flores!
Assim o beija-flor se foi para longe, cumprir o papel que lhe cabia no mundo.
Pensando sobre a vida do beija-flor, o cachorro falou:
- E se eu tentasse viver a minha vida, beijando flores?
- Será que eu poderia me livrar dessa vida de roer osso que levo por aqui?
Nos dias seguintes, continuou a observar a labuta do beija-flor.
Ficou sonhando em mudar sua vida de vez por todas. Nem dava importância ao fato de que para viver como um beija-flor precisava ter asas, precisava ter um bico comprido, precisava ter delicadeza ao beijar as flores...
Porém, assim decidiu, assim o fez.
Numa tarde fria de domingo, enquanto o dono lhe dava mais comida, se libertou das correntes e correu mundo afora.
No início foi um desastre.
Quase chegou a desistir. Mas sua vontade de mudar de vida foi maior.
Batia recordes em beijar-flores. Fazia tudo o que um beija-flor era capaz de fazer, menos aquilo que sua condição não permitia, como voar por exemplo.
Aquela nova postura, a nova maneira de viver a vida contagiou outros cachorros da redondeza.
- Vejam como ele está agora! Ele não vive mais em correntes, não tem mais que correr atrás de gatos, não se alimenta mais de ração! É um ser livre e se mantem beijando flores!!
- Algo que nenhum de nós nunca sonhou fazer! Isso é o máximo!
E a notícia foi se espalhando pelos canis da cidade, do país e do mundo.
Depois de correr fucinho a fucinho a moda pegou:
Cachorros queriam, porque queriam livrarem-se da vida de cão e passar a viverem beijando flores.
Aquilo foi tomando proporções nunca vistas anteriormente.
Alguns anos depois, o mundo já não era mais o mesmo.
Não havia mais harmonia.
As flores já não duravam por muito tempo. Estavam ficando escassas.
Vários animais que dependiam delas passaram a não mais existirem.
Seres humanos cometiam suicídio todos os dias por motivo de solidão. Brigavam com os outros por não terem mais um cão em casa para colocarem a culpa. Assaltos passaram a acontecer com mais frequência. As pessoas passaram a se sentirem mais inseguras e com mais medo.
Os gatos não tinham mais de quem correr. Se não fugiam mais dos cachorros, também pararam de correr atrás dos ratos, que por sua vez, pararam de se esconder nos esgotos. Infestaram as cidades. Espalharam doenças.
Outras doenças apareceram, não só nos humanos, mas também em outros animais.
O lixo nas cidades aumentou.
A fome aumentou.
As guerras triplicaram.
Os oceanos secaram.
As chuvas passaram a cair onde nunca caiu.
Os cães passaram de vez a viverem como beija-flores.
Os beija-flores se foram para sempre.
Nessa época, o mundo, apesar dos "problemas", acontecia em harmonia. Cada um cumpria o seu papel naquilo que lhe cabia.
Certa vez, cansado de levar uma vida de cão, um cachorro interessou-se pelos hábitos de um beija-flor que passava todos os dias em frente da porta de sua casinha.
Há tantos anos que vivia preso ali, dentro daquela casinha capenga, que nem teto tinha direito, nunca tinha percebido o beija-flor que por ali voava todos os dias.
Ao reparar o que fazia, perguntou o cachorro:
- O que faz ai?
Respondeu o beija-flor:
- Eu beijo flores.
- Voo de flor em flor, dou o que ela precisa e retiro o que eu preciso.
O cachorro ficou encucado com aquela nova realidade.
- Puxa, nunca pensei que um ser dentro desse mundo podia viver beijando flores!
Assim o beija-flor se foi para longe, cumprir o papel que lhe cabia no mundo.
Pensando sobre a vida do beija-flor, o cachorro falou:
- E se eu tentasse viver a minha vida, beijando flores?
- Será que eu poderia me livrar dessa vida de roer osso que levo por aqui?
Nos dias seguintes, continuou a observar a labuta do beija-flor.
Ficou sonhando em mudar sua vida de vez por todas. Nem dava importância ao fato de que para viver como um beija-flor precisava ter asas, precisava ter um bico comprido, precisava ter delicadeza ao beijar as flores...
Porém, assim decidiu, assim o fez.
Numa tarde fria de domingo, enquanto o dono lhe dava mais comida, se libertou das correntes e correu mundo afora.
No início foi um desastre.
Quase chegou a desistir. Mas sua vontade de mudar de vida foi maior.
Batia recordes em beijar-flores. Fazia tudo o que um beija-flor era capaz de fazer, menos aquilo que sua condição não permitia, como voar por exemplo.
Aquela nova postura, a nova maneira de viver a vida contagiou outros cachorros da redondeza.
- Vejam como ele está agora! Ele não vive mais em correntes, não tem mais que correr atrás de gatos, não se alimenta mais de ração! É um ser livre e se mantem beijando flores!!
- Algo que nenhum de nós nunca sonhou fazer! Isso é o máximo!
E a notícia foi se espalhando pelos canis da cidade, do país e do mundo.
Depois de correr fucinho a fucinho a moda pegou:
Cachorros queriam, porque queriam livrarem-se da vida de cão e passar a viverem beijando flores.
Aquilo foi tomando proporções nunca vistas anteriormente.
Alguns anos depois, o mundo já não era mais o mesmo.
Não havia mais harmonia.
As flores já não duravam por muito tempo. Estavam ficando escassas.
Vários animais que dependiam delas passaram a não mais existirem.
Seres humanos cometiam suicídio todos os dias por motivo de solidão. Brigavam com os outros por não terem mais um cão em casa para colocarem a culpa. Assaltos passaram a acontecer com mais frequência. As pessoas passaram a se sentirem mais inseguras e com mais medo.
Os gatos não tinham mais de quem correr. Se não fugiam mais dos cachorros, também pararam de correr atrás dos ratos, que por sua vez, pararam de se esconder nos esgotos. Infestaram as cidades. Espalharam doenças.
Outras doenças apareceram, não só nos humanos, mas também em outros animais.
O lixo nas cidades aumentou.
A fome aumentou.
As guerras triplicaram.
Os oceanos secaram.
As chuvas passaram a cair onde nunca caiu.
Os cães passaram de vez a viverem como beija-flores.
Os beija-flores se foram para sempre.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Hãn?!
O que te faz pensar que o mundo é injusto com você?
Desde o nascimento, o ser humano é acostumado a sempre querer ganhar e dificilmente aceita a derrota como parte necessária ao desenvolvimento espiritual.
Seja as notas na escola, os brinquedos do colega, os elogios dos pais, professores e conhecidos, as competições que participa, as provas de vestibular, o emprego tão desejado, o salário e posição de destaque, são os principais objetivos presentes na vida dos seres humanos acostumados a acharem que progressão é sinônimo de ganhar mais.
Tudo isso é um reflexo do que o ser humano tem como base de sua existência: o egoísmo. Era para ser diferente? Se fosse, não aconteceria da forma que acontece com grande parte da população. Então, porque somos assim e como podemos viver com tudo isso em paz?
Acredito que o primeiro passo é verificar e reconhecer sua própria natureza. Faz sentido pra você isto que você está lendo aqui? Se não faz, ignora este amontoado de palavras e segue sua vida maravilhosa cercada de valores humanos que não se sustentam. Aqueles que acabam com o tempo.
Porém, se se reconhece na forma de alguém que move sua vida baseado no 'ganhar mais', creio que algumas palavras poderão te auxiliar a pelo menos refletir sobre esta condição.
Ganhar é problema? Não.
O grande problema é o QUERER ganhar e pior ainda: a capacidade que as pessoas têem de sofrer enquanto estão QUERENDO algo. Pois, a partir do momento que se quer algo e esse querer não é correspondido, surge o momento de contrariedade que levam as pessoas a acharem que o mundo é um puta sacana que só apronta com eles.
Além de tudo, essa forma de pensar e levar a vida é bem contraditória com o que a maioria das pessoas que vivem no mundo pregam: Eu faço as coisas pensando em ajudar o próximo.
Este é o lema de muitos que ainda não se deram conta de que para que ele ganhe, alguém tem que perder! Como podemos falar em ajudar o outro se estamos querendo ganhar o tempo todo?
Por isso, o mundo é do jeito que é. Você vive o mundo que está dentro de você. Sua base de conceitos e valores que acumulou durante toda sua vida, formam a sua perspectiva de enxergar as coisas. Isso que você chama de: Sua vida!
Tudo aquilo que você tem capacidade de perceber com os sentidos do corpo e transformar em algo assimilável à sua mente é um mero reflexo deste poço de ideias chamado: você (eu). Não dá para se enganar. Não adianta se esconder, apesar de tentar fazer isto o tempo todo...
Depois de reconhecer a própria natureza em que está inserido, o próximo passo seria aceitar. Não aceitar no sentido de : "fazer o que né, sou assim mesmo tenho que ser assim e pronto!" Mas sim no sentido de constatar sua condição atual e tentar mudar, se acha que pode e deve mudar alguma coisa.
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Vida no chapeu
Andando pela rua
depositei todas as fichas mais uma vez naquele chapeu
esperando que minha vida mudasse de vez
Sem perceber o tiro saindo pela culatra
minha vida foi toda jogada lá dentro
deixando de viver o presente me entreguei mais uma vez ao sofrimento
a dor de não ajudar, esperança de que as coisas poderiam mudar
de viver a vida de forma mais controlada
por ofertas, palavras, atos, coisas futeis do dia a dia
fui fisgado pelo sentimento de que um dia eu poderia ser quem eu sempre quis
era indecisão momentânea de fazer tudo aquilo que o mundo esperava
chorando lágrimas de crocodilo, curando dores de cotuvelo
passei todo esse tempo achando que estava vivendo intesamente
Turbinas ligadas e no piloto automático, eu era mais uma aeronave em rota de colisão
Me deparei com minhas próprias verdades, meu cultivo de longos e duros anos
Elas vieram com força, como bombas explodindo no céu
Percebi por um momento, que eu voltava a tona
De uma viagem ao meu próprio submundo
foi dor passageira das feridas expostas na pele piloto avariado
remorso, pelas malditas fichas depositadas num simples chapeu.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Ouvindo a vida.
O que a vida lhe disse hoje?
Disse-lhe bom dia ou cagou na sua blusa nova?
Agradeceu-lhe pela atenção ou riu sadicamente da sua cara?
Apresentou-lhe boas práticas ou lhe trouxe desconforto?
Já percebeu o que a vida lhe disse hoje?
Ou está esperando que ela lhe diga aquilo que quer escutar?
Aquilo que faz bem a você e que sirva de aprovação ao seu modo de pensar.
Ela não está aqui para lhe servir palavrinhas de consolo.
A vida não acontece para te dar cobertor em dias de frio ou refresco em dias quentes.
Ela simplesmente é o que é e não poderia ser o contrário.
Não poderia lhe dizer o oposto do que está lhe dizendo agora.
Ouça!
Não preste atenção nessas palavras... Isto é só um amontoado de letrinhas.
Preste atenção nisto que está vindo na sua cabeça agora.
Ecoando como buzina de caminhão pela madrugada.
É isto que é dito a você todos os dias, não é mesmo?
Por que não para e escuta? Por que continua chamando a vida de doida varrida, que não diz coisa com coisa?
Ela continuará repetindo isto, repetidas vezes, enquanto continuar a ignorá-la em repetidos momentos.
Pare, olhe, escute!
É ela que vem lá apitando e chamando os que sabem dela!
Seja sincero com a vida, sincero com você mesmo.
Você já tem todas as respostas para todas as perguntas. Até mesmo para aquelas que ainda não foram feitas.
É tudo uma questão de ouvido!
Deixe a boca de lado, deixe o nariz de lado, deixe outros sentidos de lado por um minuto que seja.
Ouça como é fétida a vida!
Ouça como ela está mal vestida.
Ouça o sorriso. Ouça o brilho das coisas.
Ouça como ela te diz tudo o que precisa escutar, a todo momento e você ainda continua se escondendo atrás de ideias antigas justificando seu momento atual com desculpinhas que não preenchem nem 1% desse vazio que tá ai dentro.
Vruuummmm!
Ouviu?! Ela lhe disse mais uma vez.
Não ouviu?
Fique atento, já já ela lhe dirá a mesma coisa com outras palavras.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Deixando de juntar letrinhas.
círculo, quadrado, triângulo;
morango, laranja, maçã;
rosa, tulipa, jasmim;
noite, tarde, manhã;
barba, cabelo, bigode;
branco, amarelo, vermelho;
cristo, krishna, buda;
o outro, as coisas, o espelho;
casa, comida, roupa lavada;
martelo, escudo, espada;
óleo, azeite e dendê;
deus, o diabo e você.
Percebeu a semelhança?
Então faça a diferença!
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Promoção Imperdível!
Vendo ingressos para a elevação espiritual!!
Preço de banana!
Corra, pois é por tempo limitado! Não é sorteio!
Com apenas 2 passos você efetua a compra dentro de si mesmo:
- Basta depositar suas fichas no outro e achar que ele é quem vai te tirar dessa vida que você leva hoje;
- Em seguida, basta continuar procurando formas de justificar seus sentimentos com desculpinhas esfarrapadas com as mesmas que já usa atualmente.
Pronto! É muito fácil comprar...
E tem mais!!
Pode pagar a vista, ou dividir em quantas vezes quiser!
As taxas de juros são baixíssimas... As melhores do mercado universal.
Não perca mais tempo!
Vem pra mer-da você também! Vem!
* Aceitamos apenas sua encarnação como forma de pagamento. Não insista.
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Com-puta-dor-de-cabeça!
com-puta-dor-de-cabeça me iludo com a vida que tento levar,
o computador de cabeça me entrega as imagens pra eu me apegar,
com-puta-dor-de-cabeça eu vivo num mundo alheio ao meu ser,
o computador de cabeça projeta o futuro no qual vou viver,
com-puta-dor-de-cabeça segundo a segundo me ponho a sentir,
aquilo que vida me traz, me mostra, me esfola pra eu acordar,
o computador de cabeça sugere uma tela pra eu me entreter,
percebo que quando me perco estou no passado surfando no mar.
com-puta-dor-de-cabeça eu perco a estribeira e não sei quem eu sou,
o computador de cabeça me traz de volta com prazer e dor,
com-puta-dor-de-cabeça nao sei se eu quero, se tenho e se vou,
o computador de cabeça me serve verdades sobre o que é o amor,
com-puta-dor-de-cabeça percebo que a vida é que vive ela mesma,
enquanto eu só observo e pego a pipoca, troca-se o canal
mais um episódio termina, a dor de cabeça nunca foi real.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Cataventos
A existência do tempo é apenas uma ideia criada pela mente humana para justificar as alterações percebidas nas coisas,
as quais também são criações da própria mente para justificar a necessidade que se tem da existência do tempo!
Assim, o ser humano se fecha em seu próprio casulo de espaço e tempo.
Vive o ciclo de preenchimento de necessidades, que o leva a criar mais vazio dentro de si.
Muda-se o tempo todo, muda-se todo no tempo.
Prende-se àquilo que consegue explicar e explica o que é inexplicável.
Enraiza conceitos dentro de si e busca a liberdade expandindo a jaula que o prende.
Luta pela liberdade, condenando o próximo com julgamentos baseados em valores puramente humanos não condizentes com a realidade real.
Pensamentos restritos a ideias relativas que, para o próprio ser humano, mudam num piscar de olhos.
O ser humano se boicota!
Cria artifícios para tentar ludibriar a própria vida, sem perceber que ela nunca foi e nunca será algo que ele imagina.
Ela é o que é independente de sua inutil vontade de mudar o mundo ou a si mesmo.
Indiscutivelmente: Viver a vida humanamente é como correr atrás do vento!
segunda-feira, 1 de março de 2010
A verdade é uma opção...
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Inimigo da vida
Vida... Essa um dia ainda me paga!
Me xingou mais uma vez e riu da minha cara...
Quando a conheci, ela não era assim;
Era mais humilde no início de nossa relação.
Me decepcionei com a Vida.
Ela me traiu várias vezes com a Morte...
Não foi uma vez ou outra não!!
Perdi as contas de quantas já foram.
A vida é traiçoeira...
Engana que é uma beleza.
Aprendi a conviver com ela, até que conheci a Eternidade;
Essa sim sabe viver melhor que a Vida.
Elas não se dão bem de jeito nenhum.
É briga boa de se ver...
A Eternidade com todo o seu tamanho...
Engole a Vida de uma vez só!
Hoje tô do lado dela.
A Eternidade é minha parceira...
Dá até gosto!
É amizade pra vida toda com direito a hora extra por tempo indeterminado!
Ela disse que um dia me levará para uma viagem;
Uma viagem sem fim para lugar nenhum...
Mas disse que tenho que deixar umas coisas pra trás.
E que a principal delas sou EU mesmo. Minha identidade...
Ainda tô me acostumando com a ideia;
Viajar com a Eternidade e ME deixar pra trás.
Esquecer-ME pra trás com a Vida!
Essa danada que não sabe viver direito!
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
D.E.U.S offline!
A página não pode ser exibida!
Essa é a mensagem que passou a aparecer na tela da minha vida.
Apertei F5 várias vezes e nada... Acho que fui desconectado.
Até há pouco, tinha a ideia de estar navegando, conectado ao sistema D.E.U.S.
A conexão era lenta, mas dava para fazer alguns downloads de vez em quando e carregar umas páginas não tão pesadas.
As taxas eram baixas, mas garantiam pacotes atualizados de prazer e dor!
Verifiquei todas as conexões e tudo parecia normal.
Foi quando percebi um cabo fora do lugar.
"Alguém o tirou de lá!" Foi meu primeiro pensamento, ainda preso em acusar o próximo.
Mas porquê alguém faria isso?
Eu achava que precisava disso para me sentir vivo...
Uma conexão com algo tão virtual, me deixava extasiado e com vontade de baixar mais e mais bits de informação e sentimento.
Agora, com D.E.U.S offline, me sinto o mesmo.
A ideia de vida persiste.
Será que o programa já faz parte de mim? Será que uma cópia do sistema D.E.U.S roda aqui dentro?
Passei a testar algumas rotinas e reparei que estavam bem consistentes!
Dúvidas surgiram:
Será que algum dia eu estive realmente conectado?
Ou isso fazia parte do programa que sempre esteve em mim?
Novas rotinas passaram a ser desenvolvidas...
Consequentemente, novas verdades foram criadas.
Tenho uma séria desconfiaça que D.E.U.S nunca esteve ONLINE. Foram apenas linhas de programa que interpretei durante toda minha vida.
Vida que vida?
Acho que vou me formatar para ver o que acontece! Apagar de vez os dados do passado, gráficos de projeção para o futuro e viver interpretando esse novo código passo a passo.
Rodar a máquina no extremo da capacidade para ver o que acontece...
Quem sabe um novo sistema operacional possa ser instalado com acesso a uma versão FULL do sistema D.E.U.S?
Acho que é hora de me desligar...
Quem sabe o novo sistema não nos permita compartilhar sentimentos numa camada mais profunda? Num nível menos virtual?
Não sei...Acho que só D.E.U.S sabe...
Será que D.E.U.S está realmente OFFLINE?
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Deixando de comer o rei do outro para ser FELIZ!
Quem de nós nunca perdeu para o computador no xadrez?
Só quem nunca jogou, não é?!
Pois é, o computador é bom nessas coisas de cálculos, probabilidades e análise de possibilidades.
E a vida?
Ela também é muito boa nessas coisas. Só que muitas vezes não paramos para perceber, pois estamos entretidos jogando contra o próximo e não com ela.
Estamos em constante movimento, movendo nossas peças daqui pra lá, de lá pra cá sempre na tentativa de conquistar um objetivo: comer o rei do outro.
O próximo nos ameaça com o bispo, a gente se proteje com a torre, ele contra-ataca com o cavalo e a gente sacrifica um peão, nem que seja pra ficar com pelo menos um dos peões dele. E a coisa vai se desenrolando numa partida que parece nunca ter fim.
Enquanto nosso objetivo final for comer o rei do outro, levar vantagem e ter sempre a razão, novas partidas continuarão a recomeçar. Em algumas delas você terá as peças brancas e em outras as pretas. Ficará oscilando de um lado para o outro, mas sempre com o mesmo potencial de combate.
E ai vem a pergunta: Como sair dessa jogatina?
Primeiramente é importante que troquemos o nosso objetivo de jogo. Ao invés de se preocupar em comer o rei do outro, preocupe-se em ser feliz sacrificando suas melhores peças para isso.
Permita que o outro vença algumas partidas e perceba o seu comportamento vicioso em querer agredir enquanto é ameaçado.
Posicione suas peças não na defesa e nem no ataque e sim de forma que o outro possa jogar e se sentir parte do jogo.
Com isso, você passa a não mais jogar contra o outro, mas sim com a vida.
Ela te auxiliará durante o jogo e permitirá que você arme ótimas estratégias para vencer-se a si mesmo.
Sabe uma daquelas jogadas que o computador faz, em que ele sacrifica a rainha para nos dar um xeque-mate?
Em muitas das oportunidades que a vida nos oferece, deveríamos proceder de forma semelhante. Sacrificar a melhor peça que se tem, para alcançarmos o objetivo final: Ser feliz.
E qual a melhor peça que temos à nossa diposição? Nós mesmos!
Quando nos sacrificarmos em prol de promover que o outro se sinta parte do jogo permitindo que ele também possa se entender e quem sabe até trocar seus objetivos, começamos a jogar o jogo sob um novo prisma, participando assim das jogadas que a vida nos reserva.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Vida humana
Certa feita, em lugar algum, Deus, na tentativa de explicar ao SER, criado simples e ignorante, sua verdadeira essência e ao perceber a incapacidade relativa de Sua criação entender o que Ele estava a dizer, fez a seguinte pergunta:
- Entendeu ou quer que desenha?!?
A partir daí, se deu a criação da vida humana!
guto
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Monólogo
Não sei se já percebeu o monólogo que você trava enquanto lida com as coisas da vida.
Já reparou que dificilmente um diálogo é mantido com o próximo? Já notou como a mente voa enquanto o outro ou o mundo tem algo a nos transmitir?
Nada mais se faz, além de pegar os dados que lhe chegam e associá-los com os seus próprios conceitos, rótulos e valores, a fim de chegar à conclusão se algo está certo ou errado, se é bonito ou feio, se é verdadeiro ou falso.
Ou seja, o ego humano trava a cada segundo uma conversa com ele mesmo!
Você não conversa com o outro, não sente as coisas do mundo, não vivencia o agora! Prende-se em suas próprias ideias, sente aquilo que você é por dentro, enxerga aquilo que a própria mente fornece. Dificilmente você vive o agora. A maior parte do tempo vive-se preso no passado ou planejando o futuro. Isso lhe impede de ver a essência das coisas.
Não percebe que num contexto geral, ao invés de VIVER, você simplesmente “passa pela vida”!
Um exemplo prático:
Uma pessoa chega pela manhã e te cumprimenta. O que sem perceber você faz?
Automaticamente busca na memória quem aquela pessoa é, o jeito habitual dela, faz um reconhecimento de todas as características, verifica se ela normalmente te cumprimenta ou não, revive as coisas que aquela pessoa já lhe fez ou deixou de fazer, relembra as palavras que ela já proferiu perto de você e que teve a oportunidade de ouvir, busca o conceito já formado daquela pessoa, analisa o que você irá deixar de ganhar se responder ou não àquele gesto simples de educação, confere tudo o que está armazenado em sua base de dados, “bate” as informações com as que foram extraídas ao observar aquela nobre criatura que se apresenta e enfim diz:
- Bom dia!
Depois estampa um sorriso na cara tentando ser o mais agradável possível!
A partir daí, mais informações são processadas.
Com os novos dados adquiridos, a base de dados passa a ser realimentada, substituindo as informações antigas pelas novas. A mente confere se aquela pessoa está ou não com a mesma roupa que usou ontem, se ela apresenta-se com as mesmas feições, se está com expressão de alegria ou não, repara o que ela traz nas mãos para ver se aquilo lhe é útil ou não, verifica se você precisa possuir aquilo, checa se aquele mesmo objeto não é o mesmo que um amigo comprou e ficou muito satisfeito, “cruza” todas as informações numa lógica banal:
Amigo + objeto = Satisfação.
Pessoa de agora + mesmo objeto = aparentemente satisfeito.
Probabilidade de você ficar satisfeito se possuir o mesmo objeto 92%. Enfim diz:
- Que objeto bonito esse em suas mãos! Onde você o comprou?
Parece uma máquina! E muito mais acontece sem que você perceba.
Faça um teste! Puxe conversa com uma pessoa e passe e SE perceber na conversa.
Veja se ao trocar as primeiras palavras com ela a sua mente já não decola. Veja se não passa a formar imagens do que ela diz, se você não “puxa” em sua memória informações para analisar se o que ela diz está correto ou não, tentando julgá-la e puni-la com um comentário. Veja se não confere se ela está sendo repetitiva demais baseando-se nos seus próprios parâmetros de repetição. Veja se enquanto ela fala você não descarta pelo menos 85% daquilo que ela está lhe transmitindo e se não remolda os outros 15%. Sendo assim, quem está conversando com quem?
Faça um teste! Como o que fiz agora...
Este texto não passou de mais um monólogo. Quando você lê-lo, as palavras aqui contidas não lhe transmitirão nada além daquilo que sua mente lhe disser.
Ou seja, o que você ouviu aqui foi sua mente que lhe contou!
guto
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Uma salva de palmas para o ego!
Encerrou-se mais uma peça no palco do universo.
De forma clássica e categóriga mais um ego findou sua apresentação!
Muitos aplaudiram de pé sua atuação magnífica! Cheia de fervor, cheia de emoção, cheia de tensão do início ao fim.
O ego sentia-se satisfeito com sua performance! Sentia-se no auge da carreira!
Causou em muitos expectadores sentimentos de medo, pavor, curiosidade, aflição, angústia, desprezo, ódio, melancolia, raiva e muita tristeza.
Em outros momentos arrancou sorrisos, gargalhadas, manifestou simpatia, atenção, sinceridade, cautela e acima de tudo amor. Ele sabia como cativar o público.
Sabia fazer com que cada um mergulhasse em seus mais profundos sentimentos.
Os corações oscilavam de um extremo a outro ao participarem daquele espetáculo. Era um artista de primeira linha...
Depois da salva de palmas, tudo ficou escuro e o silêncio imperou no ambiente. Não ouvia mais ninguém!
- Mas como se o teatro estava lotado? - O ego perguntava-se silenciosamente.
A luz se fez novamente e ouviu o barulho de vidros se estilhaçando pelo chão.
Desceu apressado até as cadeiras que se encontravam vazias e teve a sensação de dejà-vu.
E a sensação de que aquilo já havia acontecido se confirmou ao constatar que o público não passava de um amontoado de espelhos.
- Não pode ser! Era tudo real. Havia pessoas me assistindo. Acompanharam-me do início ao fim...
E mais uma vez o ego passava pelo mesmo tormento. Sentia-se enganado, sentia-se sozinho.
- Toda esta encenação para no final descobrir que todos eram apenas meras projeções do mim mesmo?!
- E quanto a todos aqueles sentimentos? Os suspiros, os cochichos, a conversa entre o público?
Ele estava mais uma vez arrasado! Não esperava apenas aplausos, mas também honras, louvores e graças por esta que classificava como sendo a melhor encenação dos últimos tempos!
Não havia mais nada, senão cacos espalhados pelo chão.
Caiu em prantos! Viu-se perdido. O desespero estava estampado em seu semblante. Dava gargalhada como se aquilo não estivesse acontecendo novamente.
Tentou fugir daquele lugar, porém não existia uma única saída.
A luz se apagou novamente. Era possível ver apenas alguns focos de luz, através de pequenas frestas na parede.
Passou anos preso no teatro escuro...
Ouviu novamente um ruído. Eram vozes! Olhou por uma gretinha e viu uma fila se formando do lado de fora.
Uma voz chamou-lhe a atenção! Ela vinha de dentro do teatro.
Assustado percebia que ela chamava-lhe pelo nome.
- Ego! Preciso de você aqui em cima. Vamos encenar mais uma vez.
Não havia reconhecido aquela voz que lhe era familiar.
- Não sei quem é você. Mas sinto que te conheço... Onde esteve todos estes anos em que fiquei preso dentro deste maldito teatro?
- Sempre estive, não estava. Portanto nunca estive, estou. Tudo o que foi feito e que logo depois se desfez e que agora se faz novamente é a manifestação de meu amor, que você traduz como palavras, pessoas, vozes, aplausos, sentimentos, espaço e tempo.
Antes de recomeçar, digo-lhe apenas uma coisa: Meu amor, equilíbrio absoluto, tem o objetivo de lhe dar a chance de sair de vez deste teatro.
Fez-se silêncio novamente. As luzes se acenderam.
Logo depois, as portas do teatro se abriram para dar início a um novo espetáculo!
guto
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Simplesmente o silêncio.
No silêncio sinto-me a vontade.
Não há o peso que as palavras carregam ou as garras da canção hipócrita!
Vejo o belo e o feio ao observar o silêncio! Sinto que ele me mostra todo o universo em um único instante, só a minha atenção pueril não permite que eu o assimile completamente.
No silêncio eu posso chorar, no silêncio eu posso cantar, no silêncio eu posso recitar o mais sublime poema e até mesmo falar mal daquilo que não me convém.
O silêncio diz tudo. E muitas vezes não diz muito.
Não diz muito quando o preencho com o vazio de minhas divagações, com lembranças de um passado remoto e as tormentas de um provável futuro.
Olho para dentro.
Ouço o silêncio com a calma de um sábio que não procura nenhuma resposta, mas apenas vive cada instante aprendendo o que ele tem para ensinar.
Posso aprender muito, sem dizer uma única palavra. Posso ensinar calando-me e apenas assistindo as coisas do mundo.
Vamos conversar em silêncio? Dizer palavras com o coração e ouvir o que os gestos têm a dizer?
Vamos dar gargalhadas e gritar bem alto imersos num silêncio profundo para que nossa voz ecoe e retumbe dentro do coração de alguém que está do outro lado do oceano?
Vamos atravessar as paredes que nos prende aqui?
Basta o silêncio... Ele é capaz de atravessar qualquer barreira.
Ele não diz nada... É simplesmente o silêncio!
guto
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Vendendo o almoço para comprar a janta!
Esta é uma das máximas do ser humanizado que vive na miséria espiritual: Vender amor para comprar a felicidade!
É o que mais se vê nos aglomerados de pessoas, seres espirituais possuidores de uma consciência humanizada temporária, que habitam o orbe terrestre.
O espírito, enquanto viajante eterno, busca ao longo de sua jornada sentir a tão falada felicidade. Felicidade plena, duradoura!
Contudo, para lograr êxito, durante suas vivências vende-se a cada segundo adquirindo conquistas, para no final tentar comprar a tão sonhada felicidade. É o sonho da felicidade própria!
Vemos um belo mercado em praça pública com vendedores de amor sedentos por fechar negócio!
A maioria deles oferece produtos de baixa qualidade.
Na caixa vem escrito: Amor individual! Use com moderação. Logo abaixo uma tarja em letras garrafais: CUIDADO! BASEADO EM EGOÍSMO E ORGULHO.
Dentro dos pacotes encontramos variações sortidas: prazer, perdão, ódio, caridade, ofensa, carinho, desgosto, atenção, tristeza, educação, ilusão, caráter, engano, paciência, desânimo, respeito e outras que encheriam esta página
Mas fazer o que né?! É um produto mais barato, vende mais fácil. E milhões são produzidos e vendidos a cada segundo. Uma oferta melhor do que a outra! Uma loucura de preços baixos!
"- É o melhor que tá tendo! " dizem os vendedores. E esperam com isso "conquistarem" a felicidade. E muitos acham que conseguem, mas não enxergam que o máximo que eles compram depois, é simplesmente meia dúzia de prazer ou satisfação!
Existem também vendedores escolados. Estudam para vender amor de mais alta qualidade, tecnologia de última geração! Na caixa vem escrito: Amor universal! Ou até mesmo Amor incondicional!
Vai até com manual de instruções!
Acham que com a venda deste produto poderão adquirir a felicidade esperada. Vendem com simples palavras, com simples atos, com meras projeções de si mesmo tentando vencer o que os prendem à condicionalidade.
Vendem apenas a embalagem!
Mas mesmo os que consiguissem vender o produto completo, não seria mais do que simples comércio. Adquiririam em troca um combo de satisfação, prazer e euforia! Nada mais que isso.
Felicidade não se compra! Ela não está a venda num mercado barato onde há vários barganhadores.
Quem nunca ouviu o trecho da oração de São Francisco de Assis: "...pois, é dando que se recebe."
A felicidade só é sentida quando o amor é doado!
O ato de "doar" acontece quando não se espera nada em troca e quando não se acha que está fazendo alguma coisa. Simplesmente faz. Simplesmente doa!
Dizem que apenas os comerciantes falidos é que passam a doar amor! Derrotados pelo mercado, percebem a felicidade que já possuem ao se doarem para o próximo!
E aí o que vai querer? Do amor individual ou do Universal?
Pode escolher à vontade! Depois, é só acertar com Deus na saída!
guto
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Prova na vida dos outros é refresco!
É meu irmão, quantas vezes você já se pegou analisando a vida do próximo separando o que é ou o que não é prova?
Quantas vezes você já disse para o outro: Por mais difícil que seja a situação que você está passando, fica firme porque isso é uma prova que Deus colocou em sua vida! É uma oportunidade de evolução!
É... Prova na vida dos outros é refresco! Refresco para o seu ego que não se aguenta de vontade em julgar as atitudes dos outros para postergar a sua verdadeira mudança interior!
Não podemos discordar de que tudo, eu disse TUDO, seja prova. Estamos aqui para sermos submetidos a testes, como uma máquina enferrujada que está em uso há muito tempo tentando manter a produção em alta performance!
Falar do outro é fácil. Mas... E você?
Já parou para analisar as suas provas? Aquelas que vão e voltam exigindo de você cada vez mais paciência, humildade, tranquilidade e acima de tudo amor universal!
Como você lida com as situações?
Aposto que está sempre batendo na mesma tecla, tendo vontades, se impondo, não dando o braço a torcer, exigindo elogios, fazendo planos, arquitetando projetos, querendo que o mundo seja uma cópia exata daquilo que está desenhado na prancheta do seu umbigo!
Já viu que as coisas sempre saem de um jeito totalmente diferente do planejado? Pois é meu irmão, conseguimos enxergar a trave nos olhos do próximo, mas não vemos o argueiro cravado nos nossos.
E rimos por dentro na satisfação de apontar para o outro que o que está se passando na vida dele é uma prova que continuará lhe cutucando até que ela seja "vencida". Dando gargalhadas dos tropeços do outro sem prestarmos a mão amiga como apoio preciso no momento correto! Perdemos tempo, separando e analisando minuciosamente os motivos pelos quais ele está na situação que está, mas não nos oferecemos para auxiliá-lo no que ele pedir que façamos.
Quem você acha que é o próximo, meu irmão? O próximo nada mais é do que o seu reflexo no espelho do universo. Espelho esse que mostra todas as suas mazelas e a sua completa incapacidade de estar em sintonia com o trabalho do pai que exige de você verdadeira mudança interna.
Aí você se pergunta: Mas provar o que? E pra quem?
Provar que você é capaz de amar universalmente! Pra Deus? Não, meu irmão... Deus é onisciente e onipresente. Ele é a presença. Ele é o saber. Você tem que provar para si mesmo que é capaz de amar e sentir-se amado a cada segundo por Deus nosso criador.
Pronto falei!
Mas eu disse logo acima! Falar do outro é fácil...
guto
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Apego às coisas, pessoas e verdades
O que nos prende aqui? O que nos impede de crescer?
O que faz com que a nossa consciência continue limitada?
Várias são as amarras, mas uma que vale a pena refletirmos é sobre o apego às coisas, pessoas e verdades.
Não queremos ser contrariados. Sentimo-nos mal quando somos contrariados.
Sofremos com isso!
Não permitimos que a contrariedade faça parte de nossas vidas, mas Deus, que é a justiça absoluta, nos concede momentos de adversidade como oportunidades para exercitarmos o desprendimento.
Exemplo:
Tenho um carro, ou qualquer outro objeto material, que conquistei com tanto suor e sacrifício do "meu" trabalho.
- Esse é o carro dos meus sonhos!
Um dia vem Deus, que é a infinita bondade, e retira este carro da minha posse ilusória, como o pai que toma da criança um brinquedo, pois já é hora de fazer o dever de casa.
Seja através de uma batida, um assalto ou catástrofe. A forma não importa. Ele cria as situações segundo o merecimento de cada um.
Não entendemos o motivo de tudo aquilo ter acontecido.
- Logo eu, que sigo tudo o que minha doutrina ou religião prega?!
Revoltamo-nos contra o outro, nos revoltamos contra a vida, achamos que tudo está errado. Perdemos por alguns instantes a referência. Revoltamo-nos contra Deus!
E assim várias outras perdas materiais se dão, até que não mais tenhamos a posse das coisas em nosso coração.
Mas, não só de posses materiais vive o homem!
Queremos também possuir as pessoas que estão à nossa volta.
Vem Deus novamente, Ele que é o amor em ação, e permite que alguém bem próximo de nós se vá. Parta desta para melhor!
Um familiar, um parceiro ou um amigo.
Aquele que achávamos que ficaria conosco durante toda nossa vida.
Esquecidos de que o futuro não nos pertence e que a única coisa que Deus nos dá é o momento presente, ficamos abatidos, nos sentimos agredidos, sofremos com a perda, enfim, nos entregamos ao desespero.
- Vida ingrata! Onde está Deus?! Logo eu, que me dedico tanto! Estudo e procuro
me aprofundar nos ensinamentos dos mestres e aplicá-los o que entendi à minha vida.
O apego mais uma vez nos faz revoltar contra Ele.
O apego não dá o direito ao outro de seguir sua caminhada. Não concebe a possibilidade de partida, de separação física!
Por quê?
Muitas vezes achamos que a felicidade está no outro. Que somos felizes apenas se estivermos ao lado dele. Deixamos de perceber que nosso apego não passa de prazer ou satisfação de estar junto ao próximo.
Assim, o medo vem à tona quando o outro está longe e percebemos que não temos a sustentação necessária, pois sempre nos apoiamos naquele que “não está” mais aqui.
Além de posses materiais e de pessoas, existe uma posse ainda maior que dificilmente nos desgarramos dela: A posse das verdades!
Novamente Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, vem e coloca alguém em nossas vidas que contradiz tudo aquilo que até hoje entendemos como sendo o caminho a ser seguido. Contradiz o nosso certo!
Vem um "fulano de tal" e fala que tudo o que aprendemos até hoje está errado!
Aí nos sentimos ofendidos, contrariados, agredidos.
- Quem é ele para falar que eu estou errado!?
Mais um teste que automaticamente nos reprovamos. Por quê?
Pelo apego de querer estar sempre certo. De não dar o direito ao outro de compartilhar o seu certo.
De não aceitar que o outro expresse seu ponto de vista e contribua para o nosso crescimento.
Assim, passamos toda nossa vida, e várias outras existências, apegados às coisas, pessoas e verdades! Mantendo a consciência limitada a apenas aquilo que nos convém e assim impedindo nosso próprio crescimento. Em determinados momentos de nossa trajetória, este mesmo Deus retira o material, a pessoa e as verdades de uma vez só. Sentimo-nos um fracasso! Por quê?
Por que temos medo do fracasso e tentamos controlar tudo. Tentamos possuir tudo, inclusive Deus, confinando-O em descrições infantis que não temos a coragem de abrir mão.
guto
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
A vida humana é história pra boi dormir!
Nós, espíritos em aprendizado, passamos pela vida carnal acreditando muitas das vezes que ela é real e absoluta.
Apostamos todas as nossas fichas em querer levar uma vida de sucesso material e moral, cheia de conquistas, cheia de requinte, rodeada de pessoas para nos satisfazer e quando assustamos percebemos que ela não foi mais do que mera superficialidade.
Sim! A vida humana é história para boi dormir. Enquanto toda a peça teatral é encenada no palco do universo, a boiada espiritual, que vive a ilusão de estar encarnada, continua adormecida em suas próprias projeções.
Porém a obra do roteirista é perfeita! Esta mesma história que mantém o espírito em sono profundo serve também como despertador em momento oportuno.
E o momento oportuno se dá quando o espírito passa a encenar, amando todos os personagens e principalmente o roteirista que tudo escreve. Assim ele vive o que rotulamos de felicidade plena ou felicidade incondicional.
Até porque essa é a única coisa a se fazer: Viver a vida, que achamos que real, para despertar a cada segundo do sono que nos prende ao egoísmo e ao orgulho. Como? Amando.
E como se dá em todo bom rebanho: onde a vaca vai o boi vai atrás! Seja na hora de adormecer, seja na hora de acordar.
O exemplo de um, serve de ensinamento para o próximo. O que um faz, serve de espelho para o outro. E assim vai sendo dramatizada toda a peça.
O movimento de acordar e despertar do rebanho, se dá em grandes proporções! Enquanto uns adormecem, outros despertam e o equilíbrio se mantém paradinho, inalterado.
Portanto, é hora de despertar! Chegou a sua vez! O berrante já tocou e a caminhada tem que continuar!
guto
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Uma represa de amor!
Tente imaginar todo o potencial que uma represa possui!
Agora, tente visualizar que para transportar toda água dessa represa para uma outra represa, seja utilizado um canudinho de tomar refrigerente!
Sabe quem é esse canudinho? O ego humano...
Toda a água armazenada é o amor em potencial dentro da represa, que é o nosso espírito. Algumas represas possuem mais ou menos potencial.
Tentamos, a cada ação, a cada pensamento, a cada gesto, a cada segundo em que vivemos transportar amor, para outras represas que se encontram com um nível de potencial mais “baixo” para determinada situação. Nós, também como represa que somos, em muitas situações temos um potencial "baixo" e recebemos o amor do próximo para que haja o equilíbrio de potenciais.
Lembra daquela matéria da aula de física? Vasos comunicantes? É mais ou menos isso que acontece a cada segundo...
Nossos espíritos, como imensos vasos que se comunicam, que possuem amor armazenado, comunguam em determinadas situações para que o equilíbrio seja atingido. Nem mais, nem menos, o justo.
Agora, para fazer isso usamos um canudinho que rotulamos como ego humano. Ele limita todo o potencial do espírito. Nossa visão, nossas palavras, nossa audição, nossos pensamentos, tudo o que conseguimos perceber e que está inserido no nosso mundo, que chamamos de realidade ilusória, são os canudinhos em ação.
Por isso é uma tarefa árdua tentar transmitir uma mensagem que vem do fundo do coração, com tanta pureza, com tanto potencial usando canudinhos de tomar refrigerante. Sentimos que o trabalho fica incompleto, fica faltando alguma coisa.
“- Eu sei o que é, mais não consigo explicar !”
Durante o processo de transporte, algumas represas simplesmente impedem a passagem do amor de um lado para o outro, dobrando o canudinho. Assim, aquele que é o doador, sente-se rejeitado, ofendido, odiado, contrariado, enganado, traído, maltratado, iludido e etc, por causa do refluxo que é causado. Cada percepção dessas é o amor voltando para a represa doadora.
Muitas represas também, ao longo da vida, conseguem expandir o canudinho...
Conseguem ampliar a capacidade de vazão, aumentando a seção transversal dele. Passam, às vezes, para um cano de PVC de 1, 2 ou N polegadas. Ou seja, aceleram o processo, transportando mais amor a cada segundo. Assim, essas represas têm a percepção que estão evoluindo, que estão se melhorando... Ledo engano.
Isso não é o mais importante!
O mais importante é a represa que se dispõe a realizar o trabalho de transporte, independente dos canudinhos ou canos que possui. Essas represas passam a sentir que não precisam dessas peças para transportar o amor ao próximo. Assim, a tendência é que essas represas se fundam, percebendo-se como únicas, compartilhando o amor entre si e mantendo o equilíbrio necessário à manutenção de cada uma delas!
Aí vem a pergunta: Se o espírito é a represa, o amor é a água armazenada e o ego humano e suas características são os canudinhos, quem é Deus? Onde ele está?
Deus, inteligência suprema de todo esse processo, é aquele que fornece toda a infraestrutura necessária. Ele é a represa, é a água, é o transporte, é o amor, é cada canudinho, é a seção transversal, é a vazão, é o equilíbrio, é a justiça, é o refluxo, o potencial, o nível baixo, a física, a explicação, é tudo o que cada represa ou canudinho pode perceber e até mesmo a ilusão que são essas palavras que você acabou de ler. Esses canudinhos em ação...
guto
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