quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Deixando de comer o rei do outro para ser FELIZ!


Quem de nós nunca perdeu para o computador no xadrez?
Só quem nunca jogou, não é?!
Pois é, o computador é bom nessas coisas de cálculos, probabilidades e análise de possibilidades.
E a vida?
Ela também é muito boa nessas coisas. Só que muitas vezes não paramos para perceber, pois estamos entretidos jogando contra o próximo e não com ela.

Estamos em constante movimento, movendo nossas peças daqui pra lá, de lá pra cá sempre na tentativa de conquistar um objetivo: comer o rei do outro.
O próximo nos ameaça com o bispo, a gente se proteje com a torre, ele contra-ataca com o cavalo e a gente sacrifica um peão, nem que seja pra ficar com pelo menos um dos peões dele. E a coisa vai se desenrolando numa partida que parece nunca ter fim.

Enquanto nosso objetivo final for comer o rei do outro, levar vantagem e ter sempre a razão, novas partidas continuarão a recomeçar. Em algumas delas você terá as peças brancas e em outras as pretas. Ficará oscilando de um lado para o outro, mas sempre com o mesmo potencial de combate.

E ai vem a pergunta: Como sair dessa jogatina?

Primeiramente é importante que troquemos o nosso objetivo de jogo. Ao invés de se preocupar em comer o rei do outro, preocupe-se em ser feliz sacrificando suas melhores peças para isso.
Permita que o outro vença algumas partidas e perceba o seu comportamento vicioso em querer agredir enquanto é ameaçado.
Posicione suas peças não na defesa e nem no ataque e sim de forma que o outro possa jogar e se sentir parte do jogo.
Com isso, você passa a não mais jogar contra o outro, mas sim com a vida.
Ela te auxiliará durante o jogo e permitirá que você arme ótimas estratégias para vencer-se a si mesmo.

Sabe uma daquelas jogadas que o computador faz, em que ele sacrifica a rainha para nos dar um xeque-mate?
Em muitas das oportunidades que a vida nos oferece, deveríamos proceder de forma semelhante. Sacrificar a melhor peça que se tem, para alcançarmos o objetivo final: Ser feliz.
E qual a melhor peça que temos à nossa diposição? Nós mesmos!
Quando nos sacrificarmos em prol de promover que o outro se sinta parte do jogo permitindo que ele também possa se entender e quem sabe até trocar seus objetivos, começamos a jogar o jogo sob um novo prisma, participando assim das jogadas que a vida nos reserva.