quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Deixando de comer o rei do outro para ser FELIZ!
Quem de nós nunca perdeu para o computador no xadrez?
Só quem nunca jogou, não é?!
Pois é, o computador é bom nessas coisas de cálculos, probabilidades e análise de possibilidades.
E a vida?
Ela também é muito boa nessas coisas. Só que muitas vezes não paramos para perceber, pois estamos entretidos jogando contra o próximo e não com ela.
Estamos em constante movimento, movendo nossas peças daqui pra lá, de lá pra cá sempre na tentativa de conquistar um objetivo: comer o rei do outro.
O próximo nos ameaça com o bispo, a gente se proteje com a torre, ele contra-ataca com o cavalo e a gente sacrifica um peão, nem que seja pra ficar com pelo menos um dos peões dele. E a coisa vai se desenrolando numa partida que parece nunca ter fim.
Enquanto nosso objetivo final for comer o rei do outro, levar vantagem e ter sempre a razão, novas partidas continuarão a recomeçar. Em algumas delas você terá as peças brancas e em outras as pretas. Ficará oscilando de um lado para o outro, mas sempre com o mesmo potencial de combate.
E ai vem a pergunta: Como sair dessa jogatina?
Primeiramente é importante que troquemos o nosso objetivo de jogo. Ao invés de se preocupar em comer o rei do outro, preocupe-se em ser feliz sacrificando suas melhores peças para isso.
Permita que o outro vença algumas partidas e perceba o seu comportamento vicioso em querer agredir enquanto é ameaçado.
Posicione suas peças não na defesa e nem no ataque e sim de forma que o outro possa jogar e se sentir parte do jogo.
Com isso, você passa a não mais jogar contra o outro, mas sim com a vida.
Ela te auxiliará durante o jogo e permitirá que você arme ótimas estratégias para vencer-se a si mesmo.
Sabe uma daquelas jogadas que o computador faz, em que ele sacrifica a rainha para nos dar um xeque-mate?
Em muitas das oportunidades que a vida nos oferece, deveríamos proceder de forma semelhante. Sacrificar a melhor peça que se tem, para alcançarmos o objetivo final: Ser feliz.
E qual a melhor peça que temos à nossa diposição? Nós mesmos!
Quando nos sacrificarmos em prol de promover que o outro se sinta parte do jogo permitindo que ele também possa se entender e quem sabe até trocar seus objetivos, começamos a jogar o jogo sob um novo prisma, participando assim das jogadas que a vida nos reserva.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Vida humana
Certa feita, em lugar algum, Deus, na tentativa de explicar ao SER, criado simples e ignorante, sua verdadeira essência e ao perceber a incapacidade relativa de Sua criação entender o que Ele estava a dizer, fez a seguinte pergunta:
- Entendeu ou quer que desenha?!?
A partir daí, se deu a criação da vida humana!
guto
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Monólogo
Não sei se já percebeu o monólogo que você trava enquanto lida com as coisas da vida.
Já reparou que dificilmente um diálogo é mantido com o próximo? Já notou como a mente voa enquanto o outro ou o mundo tem algo a nos transmitir?
Nada mais se faz, além de pegar os dados que lhe chegam e associá-los com os seus próprios conceitos, rótulos e valores, a fim de chegar à conclusão se algo está certo ou errado, se é bonito ou feio, se é verdadeiro ou falso.
Ou seja, o ego humano trava a cada segundo uma conversa com ele mesmo!
Você não conversa com o outro, não sente as coisas do mundo, não vivencia o agora! Prende-se em suas próprias ideias, sente aquilo que você é por dentro, enxerga aquilo que a própria mente fornece. Dificilmente você vive o agora. A maior parte do tempo vive-se preso no passado ou planejando o futuro. Isso lhe impede de ver a essência das coisas.
Não percebe que num contexto geral, ao invés de VIVER, você simplesmente “passa pela vida”!
Um exemplo prático:
Uma pessoa chega pela manhã e te cumprimenta. O que sem perceber você faz?
Automaticamente busca na memória quem aquela pessoa é, o jeito habitual dela, faz um reconhecimento de todas as características, verifica se ela normalmente te cumprimenta ou não, revive as coisas que aquela pessoa já lhe fez ou deixou de fazer, relembra as palavras que ela já proferiu perto de você e que teve a oportunidade de ouvir, busca o conceito já formado daquela pessoa, analisa o que você irá deixar de ganhar se responder ou não àquele gesto simples de educação, confere tudo o que está armazenado em sua base de dados, “bate” as informações com as que foram extraídas ao observar aquela nobre criatura que se apresenta e enfim diz:
- Bom dia!
Depois estampa um sorriso na cara tentando ser o mais agradável possível!
A partir daí, mais informações são processadas.
Com os novos dados adquiridos, a base de dados passa a ser realimentada, substituindo as informações antigas pelas novas. A mente confere se aquela pessoa está ou não com a mesma roupa que usou ontem, se ela apresenta-se com as mesmas feições, se está com expressão de alegria ou não, repara o que ela traz nas mãos para ver se aquilo lhe é útil ou não, verifica se você precisa possuir aquilo, checa se aquele mesmo objeto não é o mesmo que um amigo comprou e ficou muito satisfeito, “cruza” todas as informações numa lógica banal:
Amigo + objeto = Satisfação.
Pessoa de agora + mesmo objeto = aparentemente satisfeito.
Probabilidade de você ficar satisfeito se possuir o mesmo objeto 92%. Enfim diz:
- Que objeto bonito esse em suas mãos! Onde você o comprou?
Parece uma máquina! E muito mais acontece sem que você perceba.
Faça um teste! Puxe conversa com uma pessoa e passe e SE perceber na conversa.
Veja se ao trocar as primeiras palavras com ela a sua mente já não decola. Veja se não passa a formar imagens do que ela diz, se você não “puxa” em sua memória informações para analisar se o que ela diz está correto ou não, tentando julgá-la e puni-la com um comentário. Veja se não confere se ela está sendo repetitiva demais baseando-se nos seus próprios parâmetros de repetição. Veja se enquanto ela fala você não descarta pelo menos 85% daquilo que ela está lhe transmitindo e se não remolda os outros 15%. Sendo assim, quem está conversando com quem?
Faça um teste! Como o que fiz agora...
Este texto não passou de mais um monólogo. Quando você lê-lo, as palavras aqui contidas não lhe transmitirão nada além daquilo que sua mente lhe disser.
Ou seja, o que você ouviu aqui foi sua mente que lhe contou!
guto
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Uma salva de palmas para o ego!
Encerrou-se mais uma peça no palco do universo.
De forma clássica e categóriga mais um ego findou sua apresentação!
Muitos aplaudiram de pé sua atuação magnífica! Cheia de fervor, cheia de emoção, cheia de tensão do início ao fim.
O ego sentia-se satisfeito com sua performance! Sentia-se no auge da carreira!
Causou em muitos expectadores sentimentos de medo, pavor, curiosidade, aflição, angústia, desprezo, ódio, melancolia, raiva e muita tristeza.
Em outros momentos arrancou sorrisos, gargalhadas, manifestou simpatia, atenção, sinceridade, cautela e acima de tudo amor. Ele sabia como cativar o público.
Sabia fazer com que cada um mergulhasse em seus mais profundos sentimentos.
Os corações oscilavam de um extremo a outro ao participarem daquele espetáculo. Era um artista de primeira linha...
Depois da salva de palmas, tudo ficou escuro e o silêncio imperou no ambiente. Não ouvia mais ninguém!
- Mas como se o teatro estava lotado? - O ego perguntava-se silenciosamente.
A luz se fez novamente e ouviu o barulho de vidros se estilhaçando pelo chão.
Desceu apressado até as cadeiras que se encontravam vazias e teve a sensação de dejà-vu.
E a sensação de que aquilo já havia acontecido se confirmou ao constatar que o público não passava de um amontoado de espelhos.
- Não pode ser! Era tudo real. Havia pessoas me assistindo. Acompanharam-me do início ao fim...
E mais uma vez o ego passava pelo mesmo tormento. Sentia-se enganado, sentia-se sozinho.
- Toda esta encenação para no final descobrir que todos eram apenas meras projeções do mim mesmo?!
- E quanto a todos aqueles sentimentos? Os suspiros, os cochichos, a conversa entre o público?
Ele estava mais uma vez arrasado! Não esperava apenas aplausos, mas também honras, louvores e graças por esta que classificava como sendo a melhor encenação dos últimos tempos!
Não havia mais nada, senão cacos espalhados pelo chão.
Caiu em prantos! Viu-se perdido. O desespero estava estampado em seu semblante. Dava gargalhada como se aquilo não estivesse acontecendo novamente.
Tentou fugir daquele lugar, porém não existia uma única saída.
A luz se apagou novamente. Era possível ver apenas alguns focos de luz, através de pequenas frestas na parede.
Passou anos preso no teatro escuro...
Ouviu novamente um ruído. Eram vozes! Olhou por uma gretinha e viu uma fila se formando do lado de fora.
Uma voz chamou-lhe a atenção! Ela vinha de dentro do teatro.
Assustado percebia que ela chamava-lhe pelo nome.
- Ego! Preciso de você aqui em cima. Vamos encenar mais uma vez.
Não havia reconhecido aquela voz que lhe era familiar.
- Não sei quem é você. Mas sinto que te conheço... Onde esteve todos estes anos em que fiquei preso dentro deste maldito teatro?
- Sempre estive, não estava. Portanto nunca estive, estou. Tudo o que foi feito e que logo depois se desfez e que agora se faz novamente é a manifestação de meu amor, que você traduz como palavras, pessoas, vozes, aplausos, sentimentos, espaço e tempo.
Antes de recomeçar, digo-lhe apenas uma coisa: Meu amor, equilíbrio absoluto, tem o objetivo de lhe dar a chance de sair de vez deste teatro.
Fez-se silêncio novamente. As luzes se acenderam.
Logo depois, as portas do teatro se abriram para dar início a um novo espetáculo!
guto
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Simplesmente o silêncio.
No silêncio sinto-me a vontade.
Não há o peso que as palavras carregam ou as garras da canção hipócrita!
Vejo o belo e o feio ao observar o silêncio! Sinto que ele me mostra todo o universo em um único instante, só a minha atenção pueril não permite que eu o assimile completamente.
No silêncio eu posso chorar, no silêncio eu posso cantar, no silêncio eu posso recitar o mais sublime poema e até mesmo falar mal daquilo que não me convém.
O silêncio diz tudo. E muitas vezes não diz muito.
Não diz muito quando o preencho com o vazio de minhas divagações, com lembranças de um passado remoto e as tormentas de um provável futuro.
Olho para dentro.
Ouço o silêncio com a calma de um sábio que não procura nenhuma resposta, mas apenas vive cada instante aprendendo o que ele tem para ensinar.
Posso aprender muito, sem dizer uma única palavra. Posso ensinar calando-me e apenas assistindo as coisas do mundo.
Vamos conversar em silêncio? Dizer palavras com o coração e ouvir o que os gestos têm a dizer?
Vamos dar gargalhadas e gritar bem alto imersos num silêncio profundo para que nossa voz ecoe e retumbe dentro do coração de alguém que está do outro lado do oceano?
Vamos atravessar as paredes que nos prende aqui?
Basta o silêncio... Ele é capaz de atravessar qualquer barreira.
Ele não diz nada... É simplesmente o silêncio!
guto
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Vendendo o almoço para comprar a janta!
Esta é uma das máximas do ser humanizado que vive na miséria espiritual: Vender amor para comprar a felicidade!
É o que mais se vê nos aglomerados de pessoas, seres espirituais possuidores de uma consciência humanizada temporária, que habitam o orbe terrestre.
O espírito, enquanto viajante eterno, busca ao longo de sua jornada sentir a tão falada felicidade. Felicidade plena, duradoura!
Contudo, para lograr êxito, durante suas vivências vende-se a cada segundo adquirindo conquistas, para no final tentar comprar a tão sonhada felicidade. É o sonho da felicidade própria!
Vemos um belo mercado em praça pública com vendedores de amor sedentos por fechar negócio!
A maioria deles oferece produtos de baixa qualidade.
Na caixa vem escrito: Amor individual! Use com moderação. Logo abaixo uma tarja em letras garrafais: CUIDADO! BASEADO EM EGOÍSMO E ORGULHO.
Dentro dos pacotes encontramos variações sortidas: prazer, perdão, ódio, caridade, ofensa, carinho, desgosto, atenção, tristeza, educação, ilusão, caráter, engano, paciência, desânimo, respeito e outras que encheriam esta página
Mas fazer o que né?! É um produto mais barato, vende mais fácil. E milhões são produzidos e vendidos a cada segundo. Uma oferta melhor do que a outra! Uma loucura de preços baixos!
"- É o melhor que tá tendo! " dizem os vendedores. E esperam com isso "conquistarem" a felicidade. E muitos acham que conseguem, mas não enxergam que o máximo que eles compram depois, é simplesmente meia dúzia de prazer ou satisfação!
Existem também vendedores escolados. Estudam para vender amor de mais alta qualidade, tecnologia de última geração! Na caixa vem escrito: Amor universal! Ou até mesmo Amor incondicional!
Vai até com manual de instruções!
Acham que com a venda deste produto poderão adquirir a felicidade esperada. Vendem com simples palavras, com simples atos, com meras projeções de si mesmo tentando vencer o que os prendem à condicionalidade.
Vendem apenas a embalagem!
Mas mesmo os que consiguissem vender o produto completo, não seria mais do que simples comércio. Adquiririam em troca um combo de satisfação, prazer e euforia! Nada mais que isso.
Felicidade não se compra! Ela não está a venda num mercado barato onde há vários barganhadores.
Quem nunca ouviu o trecho da oração de São Francisco de Assis: "...pois, é dando que se recebe."
A felicidade só é sentida quando o amor é doado!
O ato de "doar" acontece quando não se espera nada em troca e quando não se acha que está fazendo alguma coisa. Simplesmente faz. Simplesmente doa!
Dizem que apenas os comerciantes falidos é que passam a doar amor! Derrotados pelo mercado, percebem a felicidade que já possuem ao se doarem para o próximo!
E aí o que vai querer? Do amor individual ou do Universal?
Pode escolher à vontade! Depois, é só acertar com Deus na saída!
guto
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Prova na vida dos outros é refresco!
É meu irmão, quantas vezes você já se pegou analisando a vida do próximo separando o que é ou o que não é prova?
Quantas vezes você já disse para o outro: Por mais difícil que seja a situação que você está passando, fica firme porque isso é uma prova que Deus colocou em sua vida! É uma oportunidade de evolução!
É... Prova na vida dos outros é refresco! Refresco para o seu ego que não se aguenta de vontade em julgar as atitudes dos outros para postergar a sua verdadeira mudança interior!
Não podemos discordar de que tudo, eu disse TUDO, seja prova. Estamos aqui para sermos submetidos a testes, como uma máquina enferrujada que está em uso há muito tempo tentando manter a produção em alta performance!
Falar do outro é fácil. Mas... E você?
Já parou para analisar as suas provas? Aquelas que vão e voltam exigindo de você cada vez mais paciência, humildade, tranquilidade e acima de tudo amor universal!
Como você lida com as situações?
Aposto que está sempre batendo na mesma tecla, tendo vontades, se impondo, não dando o braço a torcer, exigindo elogios, fazendo planos, arquitetando projetos, querendo que o mundo seja uma cópia exata daquilo que está desenhado na prancheta do seu umbigo!
Já viu que as coisas sempre saem de um jeito totalmente diferente do planejado? Pois é meu irmão, conseguimos enxergar a trave nos olhos do próximo, mas não vemos o argueiro cravado nos nossos.
E rimos por dentro na satisfação de apontar para o outro que o que está se passando na vida dele é uma prova que continuará lhe cutucando até que ela seja "vencida". Dando gargalhadas dos tropeços do outro sem prestarmos a mão amiga como apoio preciso no momento correto! Perdemos tempo, separando e analisando minuciosamente os motivos pelos quais ele está na situação que está, mas não nos oferecemos para auxiliá-lo no que ele pedir que façamos.
Quem você acha que é o próximo, meu irmão? O próximo nada mais é do que o seu reflexo no espelho do universo. Espelho esse que mostra todas as suas mazelas e a sua completa incapacidade de estar em sintonia com o trabalho do pai que exige de você verdadeira mudança interna.
Aí você se pergunta: Mas provar o que? E pra quem?
Provar que você é capaz de amar universalmente! Pra Deus? Não, meu irmão... Deus é onisciente e onipresente. Ele é a presença. Ele é o saber. Você tem que provar para si mesmo que é capaz de amar e sentir-se amado a cada segundo por Deus nosso criador.
Pronto falei!
Mas eu disse logo acima! Falar do outro é fácil...
guto
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Apego às coisas, pessoas e verdades
O que nos prende aqui? O que nos impede de crescer?
O que faz com que a nossa consciência continue limitada?
Várias são as amarras, mas uma que vale a pena refletirmos é sobre o apego às coisas, pessoas e verdades.
Não queremos ser contrariados. Sentimo-nos mal quando somos contrariados.
Sofremos com isso!
Não permitimos que a contrariedade faça parte de nossas vidas, mas Deus, que é a justiça absoluta, nos concede momentos de adversidade como oportunidades para exercitarmos o desprendimento.
Exemplo:
Tenho um carro, ou qualquer outro objeto material, que conquistei com tanto suor e sacrifício do "meu" trabalho.
- Esse é o carro dos meus sonhos!
Um dia vem Deus, que é a infinita bondade, e retira este carro da minha posse ilusória, como o pai que toma da criança um brinquedo, pois já é hora de fazer o dever de casa.
Seja através de uma batida, um assalto ou catástrofe. A forma não importa. Ele cria as situações segundo o merecimento de cada um.
Não entendemos o motivo de tudo aquilo ter acontecido.
- Logo eu, que sigo tudo o que minha doutrina ou religião prega?!
Revoltamo-nos contra o outro, nos revoltamos contra a vida, achamos que tudo está errado. Perdemos por alguns instantes a referência. Revoltamo-nos contra Deus!
E assim várias outras perdas materiais se dão, até que não mais tenhamos a posse das coisas em nosso coração.
Mas, não só de posses materiais vive o homem!
Queremos também possuir as pessoas que estão à nossa volta.
Vem Deus novamente, Ele que é o amor em ação, e permite que alguém bem próximo de nós se vá. Parta desta para melhor!
Um familiar, um parceiro ou um amigo.
Aquele que achávamos que ficaria conosco durante toda nossa vida.
Esquecidos de que o futuro não nos pertence e que a única coisa que Deus nos dá é o momento presente, ficamos abatidos, nos sentimos agredidos, sofremos com a perda, enfim, nos entregamos ao desespero.
- Vida ingrata! Onde está Deus?! Logo eu, que me dedico tanto! Estudo e procuro
me aprofundar nos ensinamentos dos mestres e aplicá-los o que entendi à minha vida.
O apego mais uma vez nos faz revoltar contra Ele.
O apego não dá o direito ao outro de seguir sua caminhada. Não concebe a possibilidade de partida, de separação física!
Por quê?
Muitas vezes achamos que a felicidade está no outro. Que somos felizes apenas se estivermos ao lado dele. Deixamos de perceber que nosso apego não passa de prazer ou satisfação de estar junto ao próximo.
Assim, o medo vem à tona quando o outro está longe e percebemos que não temos a sustentação necessária, pois sempre nos apoiamos naquele que “não está” mais aqui.
Além de posses materiais e de pessoas, existe uma posse ainda maior que dificilmente nos desgarramos dela: A posse das verdades!
Novamente Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, vem e coloca alguém em nossas vidas que contradiz tudo aquilo que até hoje entendemos como sendo o caminho a ser seguido. Contradiz o nosso certo!
Vem um "fulano de tal" e fala que tudo o que aprendemos até hoje está errado!
Aí nos sentimos ofendidos, contrariados, agredidos.
- Quem é ele para falar que eu estou errado!?
Mais um teste que automaticamente nos reprovamos. Por quê?
Pelo apego de querer estar sempre certo. De não dar o direito ao outro de compartilhar o seu certo.
De não aceitar que o outro expresse seu ponto de vista e contribua para o nosso crescimento.
Assim, passamos toda nossa vida, e várias outras existências, apegados às coisas, pessoas e verdades! Mantendo a consciência limitada a apenas aquilo que nos convém e assim impedindo nosso próprio crescimento. Em determinados momentos de nossa trajetória, este mesmo Deus retira o material, a pessoa e as verdades de uma vez só. Sentimo-nos um fracasso! Por quê?
Por que temos medo do fracasso e tentamos controlar tudo. Tentamos possuir tudo, inclusive Deus, confinando-O em descrições infantis que não temos a coragem de abrir mão.
guto
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
A vida humana é história pra boi dormir!
Nós, espíritos em aprendizado, passamos pela vida carnal acreditando muitas das vezes que ela é real e absoluta.
Apostamos todas as nossas fichas em querer levar uma vida de sucesso material e moral, cheia de conquistas, cheia de requinte, rodeada de pessoas para nos satisfazer e quando assustamos percebemos que ela não foi mais do que mera superficialidade.
Sim! A vida humana é história para boi dormir. Enquanto toda a peça teatral é encenada no palco do universo, a boiada espiritual, que vive a ilusão de estar encarnada, continua adormecida em suas próprias projeções.
Porém a obra do roteirista é perfeita! Esta mesma história que mantém o espírito em sono profundo serve também como despertador em momento oportuno.
E o momento oportuno se dá quando o espírito passa a encenar, amando todos os personagens e principalmente o roteirista que tudo escreve. Assim ele vive o que rotulamos de felicidade plena ou felicidade incondicional.
Até porque essa é a única coisa a se fazer: Viver a vida, que achamos que real, para despertar a cada segundo do sono que nos prende ao egoísmo e ao orgulho. Como? Amando.
E como se dá em todo bom rebanho: onde a vaca vai o boi vai atrás! Seja na hora de adormecer, seja na hora de acordar.
O exemplo de um, serve de ensinamento para o próximo. O que um faz, serve de espelho para o outro. E assim vai sendo dramatizada toda a peça.
O movimento de acordar e despertar do rebanho, se dá em grandes proporções! Enquanto uns adormecem, outros despertam e o equilíbrio se mantém paradinho, inalterado.
Portanto, é hora de despertar! Chegou a sua vez! O berrante já tocou e a caminhada tem que continuar!
guto
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Uma represa de amor!
Tente imaginar todo o potencial que uma represa possui!
Agora, tente visualizar que para transportar toda água dessa represa para uma outra represa, seja utilizado um canudinho de tomar refrigerente!
Sabe quem é esse canudinho? O ego humano...
Toda a água armazenada é o amor em potencial dentro da represa, que é o nosso espírito. Algumas represas possuem mais ou menos potencial.
Tentamos, a cada ação, a cada pensamento, a cada gesto, a cada segundo em que vivemos transportar amor, para outras represas que se encontram com um nível de potencial mais “baixo” para determinada situação. Nós, também como represa que somos, em muitas situações temos um potencial "baixo" e recebemos o amor do próximo para que haja o equilíbrio de potenciais.
Lembra daquela matéria da aula de física? Vasos comunicantes? É mais ou menos isso que acontece a cada segundo...
Nossos espíritos, como imensos vasos que se comunicam, que possuem amor armazenado, comunguam em determinadas situações para que o equilíbrio seja atingido. Nem mais, nem menos, o justo.
Agora, para fazer isso usamos um canudinho que rotulamos como ego humano. Ele limita todo o potencial do espírito. Nossa visão, nossas palavras, nossa audição, nossos pensamentos, tudo o que conseguimos perceber e que está inserido no nosso mundo, que chamamos de realidade ilusória, são os canudinhos em ação.
Por isso é uma tarefa árdua tentar transmitir uma mensagem que vem do fundo do coração, com tanta pureza, com tanto potencial usando canudinhos de tomar refrigerante. Sentimos que o trabalho fica incompleto, fica faltando alguma coisa.
“- Eu sei o que é, mais não consigo explicar !”
Durante o processo de transporte, algumas represas simplesmente impedem a passagem do amor de um lado para o outro, dobrando o canudinho. Assim, aquele que é o doador, sente-se rejeitado, ofendido, odiado, contrariado, enganado, traído, maltratado, iludido e etc, por causa do refluxo que é causado. Cada percepção dessas é o amor voltando para a represa doadora.
Muitas represas também, ao longo da vida, conseguem expandir o canudinho...
Conseguem ampliar a capacidade de vazão, aumentando a seção transversal dele. Passam, às vezes, para um cano de PVC de 1, 2 ou N polegadas. Ou seja, aceleram o processo, transportando mais amor a cada segundo. Assim, essas represas têm a percepção que estão evoluindo, que estão se melhorando... Ledo engano.
Isso não é o mais importante!
O mais importante é a represa que se dispõe a realizar o trabalho de transporte, independente dos canudinhos ou canos que possui. Essas represas passam a sentir que não precisam dessas peças para transportar o amor ao próximo. Assim, a tendência é que essas represas se fundam, percebendo-se como únicas, compartilhando o amor entre si e mantendo o equilíbrio necessário à manutenção de cada uma delas!
Aí vem a pergunta: Se o espírito é a represa, o amor é a água armazenada e o ego humano e suas características são os canudinhos, quem é Deus? Onde ele está?
Deus, inteligência suprema de todo esse processo, é aquele que fornece toda a infraestrutura necessária. Ele é a represa, é a água, é o transporte, é o amor, é cada canudinho, é a seção transversal, é a vazão, é o equilíbrio, é a justiça, é o refluxo, o potencial, o nível baixo, a física, a explicação, é tudo o que cada represa ou canudinho pode perceber e até mesmo a ilusão que são essas palavras que você acabou de ler. Esses canudinhos em ação...
guto
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